sexta-feira, março 31, 2006

Episodios nunca revelados da história de Portugal

Aqui vão alguns dos momentos mais marcantes dos últimos 800 anos da Terra Lusitana . Verdadeiros Marcos Históricos cuja autenticidade nem o Prof. José Hermano Saraiva se atreveria a dramatizar e adaptar à Televisão. Afinal a história é espectáculo...
1245 - Nasce Lili Caneças
1498 - Vasco da Gama chega à Índia e exclama "Ah f***-se...prá próxima venho de avião!"
1500 - Pedro Alvares Cabral perde-se no caminho para a Índia e é descoberto o Brasil. É nesta viagem que chegam a Portugal, escondidos na tripulação nativos como o Iran Costa, o Jardel ou o João Kleber
1822 - D. Pedro, que tinhaido com o pai, para o Brasil, vê uma miudas de fio dental a sambar e decide ficar por la
1910 - É assassinado o último rei de Portugal, D. Carlos, quando este comunica ao país que o possível rei da passagem do milénio será D. Duarte
1932 - Fernando Pessoa numa esplanada do Chiado reclama da qualidade do café que lhe tinham servido e exclama: "Enquanto não trouxerem um café em condições, não saio daqui!" ... ao que me parece Fernando ainda lá se encontra.
1974 - O Exército, insatisfeito com o preço das bebidas nos bares das casernas, invade o terreiro do paço e proclama a democracia
1980 - José Castelo Branco, casado e pai de um filho, tem a sua primeira relação homossexual e adapta instantaneamente uma frase de Shakespeare que marcou o milenio: "Tou bi ou não tou bi?"
2005 - Mário Soares, descalça as pantufas, pousa a botija de água quente e o cobertor, e na loucura dos seus 80 anos candidata-se à presidência da República

quarta-feira, março 29, 2006

RETALHOS - Tudo o resto ficava para trás III

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Em 1961, quando rebentou a guerra de libertação de Angola, ficou célebre a frase proferida, do alto do seu cadeirão que o haveria de levar á morte, ordenando de forma peremptória, com o dedo espetado e de cabeça perdida “Para Angola e em força”. Era assim o tratamento dado aos melhores filhos que partiam para a guerra, como se fossem soldadinhos de chumbo e alinhadinhos como convinha ao velho regime. Regressavam mortos ou vivos, estropiados ou traumatizados, mutilados ou tolhidos. O resto ficou nas picadas. A Pátria não os reconhecia como filhos que deram o melhor da sua juventude, que foram arrancados dos seus empregos e das universidades comprometendo-lhes o futuro.
Nos Pára-quedistas a mobilização para a guerra começa muito antes do embarque, precisamente logo após o fim da instrução da especialidade militar, o curso de combate.
A partir dos últimos dias de Dezembro de 1970, já me considerava um mobilizado e vivi essa angústia. Estávamos na época natalícia e o pai natal reservava-nos uma prenda especial. Nos primeiros dias de Janeiro, de 1971, fomos informados solenemente, e em parada, que toda a companhia estava mobilizada para a Guiné. Essa notícia criou algum desconforto entre todos, não por irmos para a guerra, pois sabíamos isso desde o primeiro dia, mas por irmos bater com os costados na Guiné. A má nova foi-nos dada pelo Coronel Rafael Durão, comandante do Regimento de Caçadores Pára-quedistas, ladeado pelo capitão Valente dos Santos, que nos tinha ministrado o curso de pára-quedismo. Este último era um militar extraordinariamente exigente, mas com um pouco de loucura à mistura. Era de estatura pequena mas entroncado. Falava-se que tinha menos um pulmão, perdido algures em África, mas não se notava nada, muito pelo contrário, pois a sua vontade, energia e raça era a de um autêntico combatente pára-quedista fazendo dele um herói vivo e respeitado por todos. Do outro lado, ladeava o comandante, o Capitão Gomes, que nos tinha acabado de aplicar o Curso de Combate.
Com a companhia perfilada, começaram a ser distribuídos os “passaportes” de dez dias – era esse o termo que designava as autorizações de saída de fim-de-semana ou férias –.

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sábado, março 25, 2006

Onde todos são alguém, ninguém é alguém.


Transportando o meu pensamento para a actualidade portuguesa, e a propósito do fim do mandato do actual Presidente da República, poderemos deduzir o corolário que se segue:

Onde todos são alguém, ninguém é alguém.
Onde todos são condecorados, ninguém é condecorado




do Zé Ribeiro, um amigo

quinta-feira, março 23, 2006

RETALHOS - Tudo o resto ficava para trás II

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Todos sabíamos que aquilo era dito só da boca para fora, pois o Cunha era um camarada íntegro e solidário. Era o seu sangue a ferver naquele corpo pequeno mas raçudo, com tez aciganada e com uma força física incrível que lhe valeu o 2º lugar nas provas físicas logo atrás do Covilhã que era só por si uma força da natureza.
No rosto de todos vislumbrava-se a alegria. O brevete de Pára-quedista e o crachá de Caçador, preso no lado direito do peito inchado pelo orgulho de termos conseguido superar todas as adversidades, fora uma dura conquista. Havia uma vaidade incontida por se sentirem, finalmente, pára-quedistas de corpo inteiro.
Por fim uns dias de férias. Sentimo-las como se fossem para uma despedida dos amigos, das namoradas, dos pais, e de toda uma vida que ficava para trás. Só não se deixavam os filhos para trás porque não aceitavam nas Tropas Pára-quedistas mancebos casados. Era como tirar um passaporte para a guerra, talvez para a morte, com pena suspensa, mas nunca para a vida. A vida, essa ficava nas vilas e aldeias onde cada um deixava um pouco de si.
Éramos combatentes preparados física e psicologicamente para enfrentar a guerra, de olhos nos olhos, sabendo que pouco nos restaria no infinito e de nada valia temer o inferno. Isso diferenciava-nos dos demais militares. Os casados não eram aceites, exceptuando os militares de carreira, já bastava deixarmos os pais num sofrimento ao partir para a guerra.
A Nação mandava os seus melhores filhos para África, como antes os tinha mandado para a Índia, com resultados nefastos quer para o país, quer para quem por lá ficou ou amargurou pelo oriente. Salazar, o ditador, comunicou à nação que só esperava, como resultado do combate, na Índia, "militares vitoriosos ou mortos".
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segunda-feira, março 20, 2006

Uma nova colaboradora

Pretende-se que este espaço seja um ponto de encontro, sem grandes pretensões literárias mas dando voz a quem tem algo a acrescentar. Nesta perspectiva, os Retalhos inicia agora com a colaboração da jovem Barbara Duarte, um espaço de poesia.

Ser poetiza é ser contraditória, é ter sentimentos mais delicados do que o comum das pessoas. É explodir num momento de angústia.

Sê bem-vinda Barbara

domingo, março 19, 2006

RETALHOS - Tudo o resto ficava para trás I

Foram quase nove meses de instrução militar exigindo-nos total disponibilidade física e psíquica, onde o sacrifício por vezes se tornava sobre-humano. Que podia fazer? Só tinha duas saídas possíveis: desistir ou esforçar-me para tentar ultrapassar as minhas dificuldades.
Desistir, significava virar as costas às dificuldades pessoais e humanas que se me deparavam e impediam de progredir e isso, não queria, não só por vergonha de aparecer na minha terrinha como um derrotado, mas também por solidariedade para com os meus companheiros, com quem aprendi o verdadeiro significado da palavra solidariedade.
Esforçar-me requeria passar por cima de mim mesmo, das minhas dificuldades internas, custasse o que custasse. A partir do momento em que eu senti ser importante superar o desafio, exigi de mim próprio o cumprimento da "missão". Impunha-se activar todas as minhas forças, mesmo aquelas vindas de não sei onde. Foi assim que descobri possuir capacidades até então nunca reveladas.
Senti, muitas vezes, necessidade de ajuda. Faltavam-me recursos e sozinho não conseguia trilhar o meu próprio caminho. Mas também nesses momentos me consciencializei da necessidade de ultrapassar todos os obstáculos. Estava determinado a conquistar a recompensa de me poder sentir um real vencedor.
Ao longo destes nove meses de parto, em muitos momentos, senti que precisava de me "ouvir" e escutar-me. Não é uma tarefa fácil quando estamos em plena guerra interna, desesperados com as questões e exigências quase sobre-humanas.
Enfim… como dizia o Cunha, quando se viu ao peito com o crachá de caçador pára-quedista:
“- Puta que pariu pá… somos uma máquina.”
“- Não há caralho que nos foda.”
“- Tirando o Sargento Vermelhinho, não é Braga?”. Dizia o Risotas, com ar de gozo naquele seu jeito característico, referindo-se ao Cunha.
“- Não me falem nesse cabrão. Ainda bem que foi bater com os cornos para a Guiné.”
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sábado, março 18, 2006

Fátima Felgueiras será mesmo submetida a julgamento

No dia 13 de Março o Correio da Manhã relatou que esta sra. não tinha fundos em seu nome - excepto a sua pensão de 3.500 euros e o $ da pres. de Câmara. Esta sra. é muito esperta, pois já arranjou a sua reforma da cga ( nem sei como) e nada tem em seu nome e está " divorciada" do seu ex-marido, com quem vive e em nome dele estão todos os seus antigos bens! Palavras Para quê? É uma política portuguesa, esperta e que até goza com toda a situação. Goza com os tribunais, foge para o Brasil ,volta e é reeleita para a Câmara Felgueiras, o povo de lá apoia-a, é um show.

É PORTUGAL NO SEU MELHOR.Por isso este país está de tanga...

quinta-feira, março 16, 2006

Lição de literatura

RETALHOS - Que o diabo leve a guerra IV (fim)

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Virei-me para o Risotas, enquanto despia o camuflado e virava as costas para a fogueira, e disse:
“ – Martins, vê o que tenho aqui nas costas! Deve ser algum corte já a cicatrizar. Sinto comichão, mas também me dói um pouco”.
“- Fuíza, chama aí o enfermeiro, para vir tirar este bichinho” - Pediu o Risotas.
“- Risotas, não brinques com coisas sérias, vê lá o que tenho na merda das costas que me está a picar.” – Dizia eu já com pouca vontade de brincar.
Chegou o enfermeiro que depois de observar o ferimento, virou-se para o Fiúza dizendo:
“- Ó nosso pára, vá buscar a minha mala que está ali junto á minha mochila”.
“- Mau, mau” - Pensei logo com os meus botões. “O que é que estes tipos estão a arranjar?”.
Ao fim de alguns segundos, o enfermeiro mostrou-me, na ponta da pinça, algo ensanguentado.
“- Sabe o que é isto? É uma carraça, que já estava mais dentro do que fora, das suas costas. Vamos agora desinfectar isso e fazer um penso”.
“- Foda-se… por isso me doía!” – exclamei eu com cara de totó. Sempre que lá ia com as unhas, parecia-me uma casquinha de uma ferida e, afinal, era essa puta parasita”.

quarta-feira, março 15, 2006

Como "atacar" os chatos do telemarketing....

- Está?
- Está, estou a falar com o senhor Nuno?
- Sim...
- Sr. Nuno, aqui é da TMN, estamos a ligar para apresentar a promoção TMN 1.382 minutos, que oferece...
- Desculpe, interrompo, mas com quem estou a falar?
- O sr está a falar com Natália Bagulho da TMN. Eu estou a ligar para...
- Natália, desculpe-me, mas para minha segurança gostaria de conferir alguns dados antes de continuar com a nossa conversa, pode ser?
-...Sssssim, pode...
- A Natália trabalha em que área da TMN?
- Telemarketing Pró-Activo.
- E tem número de funcionária da TMN?
- Desculpe, mas não creio que essa informação seja necessária.
- Então terei que desligar, pois não estou seguro de estar realmente a falar com uma funcionária da TMN.
- Mas eu posso garantir...
- Além disso, sempre que tento falar com a TMN sou obrigado a fornecer os meus dados a uma data de interlocutores.
- Tudo bem, a minha matrícula é TMN-6696969-TPA.
- Só um momento enquanto verifico.
-...??? (Dois minutos mais tarde)
- Só mais um momento, por favor.
-...??? (Cinco minutos mais)
- Estou sim?
- Só mais um momento, por favor, estamos muito lentos hoje cá por casa.
- Mas, senhor... (Um minuto depois)
- Pronto, Natália, obrigado por ter aguardado. Qual é mesmo o assunto?
- Aqui é da TMN, estamos a ligar para oferecer a promoção TMN 1382 minutos, pela qual o Sr. fala 1.300 minutos e ganha 82 minutos de bónus, além de poder enviar 372 SMS totalmente grátis. O senhor estaria interessado, Sr. Nuno?
- Natália, vou ter que transferir a sua ligação para a minha mulher porque é ela quem decide sobre alteração de planos de telemóveis. Por favor, não desligue, pois a sua chamada é muito importante para mim...
(Pouso o telemóvel em frente ao leitor de CD?s, coloco a música "Quero cheirar teu bacalhau" a tocar em repeat mode e vou beber um cafézinho...)

sexta-feira, março 10, 2006

RETALHOS - Que o diabo leve a guerra III

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É sempre aterrador o rebentamento de uma mina, muito mais tratando-se de uma anti-pessoal, (armas destinadas a mutilar ou ferir, por vezes matar, as suas vítimas). Para os militares, a finalidade da mina é ferir, mais do que matar. Matando, apenas retira uma pessoa do campo de batalha, ao passo que, se ferir, vários militares estarão envolvidas na evacuação e tratamento das vítimas. Serve também para desmoralizar os soldados que vêem os seus camaradas a sofrer e a serem amputados. Muitos deles nunca mais serão os mesmos homens.
Após alguns momentos de silêncio, lá seguimos em frente, com cuidados redobrados. Apesar de percebermos que o rebentamento não fora ali perto, caminhávamos atentos ao que pudesse surgir.
Os dias foram passando. Fizeram-se alguns aprisionamentos de militares “inimigos”. Estes quando se sentiam acossados escondiam-se em grutas ou casas abandonadas. A tropa pára-quedista batia toda a zona e possíveis locais de esconderijo e rapidamente os desalojava e prendia.
Ao fim de seis dias, já exaustos e sem mantimentos, chegámos ao topo mais alto da montanha. Aqui, era o ponto de reunião de toda a tropa terminando o treino no terreno. Descomprimimos toda a carga stressante. O frio era intenso, mas ao calor das fogueiras que nos permitiram acender, relatámos as peripécias que surgiram ao longo desta jornada.
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quarta-feira, março 08, 2006

RETALHOS - Que o diabo leve a guerra II

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“ - O meu filho Zé morreu em Angola, foi dos primeiros a ir para o Ultramar” – passou o braço pelo cara como a limpar a malfadada lembrança.
“ – Quem devia ir para Angola eram “eles”. O Salazar já morreu, essa alma maldita, mas a guerra não acaba” – Enquanto falava, virava a cara para o chão, com medo que algum oficial a ouvisse.
Entreolhámo-nos meio envergonhados pelo “desplante” e a coragem que os anos e a sabedoria lhe abonavam.
“ - Que o diabo leve a guerra, meus filhos “ - Disse em jeito de despedida.
Fomos progredindo, sempre a corta mato, evitando os trilhos e caminhos, sempre de olhar atento a cada passo calcorreado e evitando os barulhos que podiam alertar a nossa presença, em terreno hostil. Ainda as palavras da anciã nos martelavam no ouvido, quando passou mesmo ali, pertinho, um coelho bravo, em autêntica correria alucinada, como sentindo que estavam a invadir o seu território, ou algum predador o ameaçava.
“- Um coelho!” – Exclamou em surdina o Covilhã, habituado a conviver com a serra e com as suas ovelhas, lá para o lado da Serra da Estrela.
Se não sentisse o olhar frio, recriminatório e penetrante do Cabo Veríssimo, por quem tínhamos todos imenso respeito pela forma como nos tratava e acompanhava desde o primeiro dia de instrução militar, o nosso pastor soldado tinha-se atirado ao pobre coelho que fugia espavorido.
De vez em quando, éramos invadidos pela perfumada carqueja e um cheiro oculto e penetrante a rosmaninho. Neste local, esquecido pelo tempo, existem, embrenhados na serra, numerosos vestígios da vida comunitária rural. Antigas pontes, velhas azenhas e levadas, açudes e fontes de mergulho fazem parte deste património riquíssimo que coabitava com os coelhos bravos, raposas, javalis e saca-rabos. Perdizes, tordos, gaios, milhafres e muitas outras aves completam o quadro de vida animal desta zona montanhosa de Vila de Rei, onde estávamos em treino militar.
Esta paisagem fresca, quase nos distraía da missão e dei comigo a pensar:
“- Vê-se logo que é tudo a fingir, na Guiné não há disto. A vida lá deve ser terrível, segundo o que dizem os que de lá vêm.
Depois de vários obstáculos naturais serem transpostos, quase sempre com a ajuda de cordas, lá fomos batendo toda aquela zona. De repente um rebentamento e… tudo desapareceu pelo chão dentro, num instante.
“- Foi o rebentamento de uma mina anti-pessoal.” - Disse alguém, como se não soubéssemos que as minas não eram para nós, mas para o treino ser o mais próximo da realidade.
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terça-feira, março 07, 2006

A/C da ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Há um ano e meio troquei a minha versão Namorada 7.0 por Esposa 1.0 e reparei que esta última provocou uma execução automática de Bébé 1.0 que me ocupa muito espaço no disco duro.
No folheto esta aplicação não vinha mencionada. Mais ainda! Esposa1.0, instala-se automaticamente noutros programas e corre automaticamente quandoexecuto qualquer outra aplicação.
Aplicações como BeerWithFriends 10.3, ou NoiteBorga 2.5 ou SundaySoccer 8.5 já não funcionam.
Ainda por cima esta aplicação executa de forma invisível umprocesso/programa Sogra 1.0 que faz com que a aplicação Esposa 1.0 secomporte de forma irreconhecível.
Não consigo desinstalar Sogra 1.0, o que é bastante chato, porque quandotento correr DomingoBeijinhos 3.0 esta última torna-se mais lenta e muitasvezes nem arranca.
Pretendo voltar a reinstalar Namorada 7.0 mas não existeprograma de desinstalação, parece-me ser bastante complexo e aparecem muitasjanelas "Warning! Warning!".
Não sei qual será o impacto na aplicação Bebe 1.0, que não quero retirarporque até me dá algum gozo, principalmente porque parece ser um software muito basico e problemático!

Pode-me ajudar?
Ass. Um utilizador desmoralizado
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RESPOSTA
Caro utilizador,
Esses problemas têm sido comuns, bastante comuns, mas são devidos, namaior parte, a erros básicos de concepção: muitos utilizadores passam dequalquer versão Namorada X.0 para Esposa 1.0, partindo do princípio de que este éapenas um programa de divertimento. Mas não! Esposa 1.0 é mesmo umsistema operativo.
Controla tudo!!! É quase impossível desinstalar Esposa 1.0 e voltar a instalar Namorada 7.0, porque existem ficheiros ocultos que fazem com que Namorada 7.0 se comporte como Esposa 1.0. Logo, não tirará qualquer partido.
O mesmo acontece com Sogra 1.0. Estes programas são antigos e trazem, muitas vezes, problemas de compatibilidade. Com um pouco de sorte, e com o tempo, um vírus poderá resolver e atacar Sogra 1.0, que é a única forma de resolver o problema.
Alguns utilizadores já formataram tudo e instalaram Namorada Plus ouEsposa2.0. e ainda criou mais problemas, porque não leram atentamente o capítuloCuidados, parágrafo Pensão Alimentar e Guarda dos Filhos.
Se tentar instalar Namorada 8.0, para depois passar para Esposa 2.0, os problemas ainda serão piores do que com Esposa 1.0. Existem versões 3.0, 4.0, 5.0 de Esposa, mas estas são reservadas a profissionais, têm um custo muito elevado e, claro, desaconselhados a qualquer utilizador normal.
Se estes problemas continuarem, instale Solteirex 1.0; mas nós sugerimosque mantenha Esposa 1.0 e trabalhe com muito cuidado. Pessoalmente, instalei Esposa 1.0 e aconselho vivamente a ler com muita atenção o capítulo Erros Gerais, do Manual do Utilizador. Esposa 1.0 é um programa muito sensível aos comandos e funciona bem em modo protegido contra erros. Logo, qualquer erro deverá ser assumido por si. Uma das melhores soluções é executar comando: C: \programas \esposa1.0\ pedirdesculpas.exe logo que surja um erro ou um problema.
Nunca use as teclas ESC ou DEL, porque senão terá que executar C:\programas\esposa1.0\pedirdesculpas.exe /flores/all para que tudo volte a funcionar correctamente. Esposa 1.0 é um programa interessante, mas pode gerar custos imprevistos se mal utilizado.
Aconselhamos a instalar um plug-in, tal como Flores 5.0 ou Jóias 3.2 ou Caraíbas 2.5. Versões freeware existem e funcionam bem, tais como SimMeuAmor 4.5 ou TensRazão 6.5. Poderá consultar o site destas aplicações e verá que estão documentados resultados impressionantes.
ATENÇÃO: Nunca instale SecretariaMiniSaia 3.3 ou Amiguinha 1.1 ou Amante Versão Beta porque estes programas poderão causar danos irreversíveis no sistema.
Boa Sorte.
Serviços Técnicos.

domingo, março 05, 2006

RETALHOS - Que o diabo leve a guerra I

As tropas estavam estacionadas no sopé da montanha. Os sete pelotões foram distribuídos, pela área de intervenção, nos povoados que formavam uma península delimitada pelas ribeiras Isna e Codes e pelo rio Zêzere. Apresentava-se imponente aquele mar de água, novidade para muitos de nós, mas que não era mais do que a Albufeira do Castelo de Bode.
Fomos alinhados na orla da ribeira de Isna onde o comandante de pelotão, em pouco mais de cinco minutos, nos deu em forma de prelecção, mas muito concisa e telegráfica, os objectivos da operação.
“- Caros soldados e futuros Caçadores Pára-quedistas” – Dizia com a voz firme o nosso sargento.
“- Imaginem-se algures no Ultramar, não direi Guiné, pois a Guiné não é isto, mas talvez no norte de Angola”.
Quando falou Guiné, olhámos de soslaio uns para os outros.
“ – Este pelotão é um pelotão de assalto a redutos inimigos, e vamos bater a zona que nos foi determinada, ao longo desta montanha. Iremos encontrar ao longo desta semana: povoações, tropa inimiga, picadas armadilhadas, emboscadas, mas também tropa amigam.”- Enquanto ia falando, com uma mão atrás das costas e com a G3 na outra, deslocava-se passando a menos de meio metro de cada um de nós, fitando-nos.
E continuando, foi lembrando alguns ensinamentos e comportamentos em situação de guerrilha, relembrando, várias vezes, a necessidade de progredir em silêncio e no material que carregávamos “pendurado” no corpo, para que não fosse a chocalhar.
“- O factor surpresa é fundamental, não podemos ser emboscados que nem uns “arre-machos”- e terminou avisando:
“- Poupem a água! daqui a três dias seremos reabastecidos, mas até lá, não sei se haverá mais água”.
De repente ouve-se o rebentamento de um morteiro indicando que tudo estava a postos e a operação “Limpeza” acabava de ter início.
Claro que era tudo a fingir, mas nas nossas mentes, estávamos na guerra e íamos de encontro ao risco.
Através de um percurso sinuoso, ao longo da ribeira, fomos encontrando velhas azenhas, mas inimigo, nem cheiro. Alguns aldeões aqui e ali, como habituados a este tipo de operações militares, sorriam como se sentissem reconfortados pela tropa amiga que os punha a salvo de algum ataque “terrorista”.
Surgiu uma aldeã, com a pele marcada pelo tempo, com a cara encovada pela fome e pelo trabalho duro e penoso que a serra lhe reservava.
“- Coitados dos nossos soldados, é p’ra isto que uma mãe cria um filho?” – Lamentava-se a velhota.
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sexta-feira, março 03, 2006

quinta-feira, março 02, 2006

Maria (mãe)


Maria (mãe) é o pilar principal da minha vida, tem sido a minha força e alento nesta caminhada de mais de meio século, sem ela eu não seria nada. Uma guerreira desde ontem passando pelo hoje e querendo-me ver bem enquanto guerreira nesta luta que é a vida no amanhã.

A poucos dias de completar 84 anos, Maria (mãe), foi sempre um pouco de tudo isto. Mas será fundamentalmente MARIA MULHER

Relação das Marias compostas, segundo o Houaiss...

Maria-barulhenta

Maria-besta

Maria-boba

Maria-branca

Maria-cadeira

Maria-caraíba

Maria-cavaleira

Maria-chiquinha

Maria-com-a-avó

Maria-condé

Maria-da-costa

Maria-da-fonte

Maria-da-mata

Maria-da-serra

Maria-das-pernas-compridas

Maria-da-toca

Maria-de-barro

Maria-é-dia

Maria-faceira

Maria-farinha

Maria-faz-angu

Maria-fecha-a-porta

Maria-fedida

Maria-ferrugem

Maria-fia

Maria-fumaça

Maria-gomes

Maria-gorda

Maria-guenza

Maria-irré

Maria-isabel

Maria-já-é-dia

Maria-judia

Maria-lecre

Maria-leite

Maria-lenço

Maria-leque

Maria-luísa

Maria-macambira

Maria-macumbé

Maria-meu-bem

Maria-mijona

Maria-minha

Maria-mole

Maria-mulata

Maria-nagô-de-penacho

Maria-negra

Maria-peidorreira

Maria-pereira

Maria-peteca

Maria-pobre

Maria-preta

Maria-preta-da-mata

Maria-preta-do-campo

Maria-pretinha

Maria-rapé

Maria-rendeira

Maria-rita

Maria-rosa

Maria-seca

Maria-sem-vergonha

Maria-teimosa

Maria-vai-com-as-outras

Maria-velha

Maria-velhinha

Maria-vitória

Maria-viuvinha

... e eu acrescento Maria-heroina

RETALHOS - Irmãos de guerra III

Mais dois irmãos da guerra localizados. Podem acreditar, mas aqui o Simon Wiesenthal (minhoto), vai apanha-los a todos. E vão se a ver comigo, por terem andado tanto tempo, 33 anos, sem darem notícias.
Já somos 10, a saber:
José Marques, Cerqueira Ramos, Tino Martins, José Lima, Jorge Viana e Fiúza Casimiro, Manuel Cunha e António Alves
E agora: Levi de Sousa e Sérigo Ramos.